Partindo de um ponto qualquer, o jovem cavaleiro percorre seu caminho sem rumo. Não sabe aonde vai, mas vai seguindo em frente. Ele acaba encontrando uma pequena aldeia indígena estilo Apache. Então, viu o curandeiro da tribo sentado em frente ao caminho. Quando resolveu parar e conversar com o velho índio.
Era o antigo e famoso Lobo Cinzento. Calmo e sereno, aceitou conversar com o cavaleiro viajante.
"Para onde vai, cavaleiro errante", perguntava o velho. "Vou para o caminho reto e futuro." respondeu o rapaz. "E o que buscas nesse futuro ?" continuou o curandeiro. "Se me perguntasse antes, diria que eram glórias e tesouros da vida. Mas hoje respondo que apenas busco a compreensão, um motivo para viver e a cura para o meu mal interior. O senhor tem algum conselho ?" respondeu o cavaleiro com um fundo pesar. Era fácil de ser notado a sua aparência cansada, seu semblante triste e ao mesmo tempo enfurecido. O Velho curandeiro, com um sorriso disse que sim. E começou então a dizer:
"Você carrega muitas trevas em seu coração. Se você alimentá-las, sua alva irá ser destruída. Olhos sem lágrimas e alma sem arco-íris. Mesmo que você use sua fúria e sua vingança para o bem, as cores de sua vida ainda não serão a mesma. Há apenas dois caminhos para você seguir. O da amargura e o da esperança. Ambos os caminhos serão difíceis e você pode se machucar, assim como, machucar pessoas. A diferença é que no final, a esperança te dê o que tanto procuras, mesmo sendo o mais longo dos caminhos. O caminho da amargura te levará aonde talvez você queira ir. Porém, uma vez que alcance, não pode voltar atrás. Viverá normalmente, mas será um homem morto caminhando. Sem amor, sem coração. Só a raiva e a solidão como únicas companheiras. Não deixe que o ultimo prego de seu caixão interior seja posto, te transformando naquilo que você não quer ser. Ouça o que eu digo, mas tome sua própria decisão. E um dia você irá voltar aqui e poderemos conversar de novo"
Após as profundas palavras de Lobo Cinzento, o jovem o agradeceu e o cumprimentou. Como a bondade era a marca do curandeiro, ele agradeceu também e ficou feliz pela conversa. Deu alguns remédios e alimentos para o cavaleiro. E então, ele partiu pensando nas palavras do famoso e respeitado velho índio...
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